domingo, 10 de outubro de 2010

Loucuras de amor!




Sim! Quem de nós nunca fez uma loucura de amor? Vasculhe na sua mente. A princípio você pode até dizer que não fez. Mas nem que seja uma pequenininha, todos nós fizemos alguma vez na vida. Eu, como doida, insana, desequilibrada que já fui e continuo sendo um tanto; já fiz muitas loucuras de amor.

 

Acho que de tão passional que fui, de tanto que quebrei a cara, de tanto que sofri por relacionamentos que deram errado, ando meio gelada sentimentalmente. Confesso que é até bem cômodo me sentir assim, mesmo que em alguns momentos sinta falta de estar apaixonada...

Hoje vou contar uma loucura de amor que sempre dou como exemplo para as pessoas. Algumas que me seguem aqui no blog já conhecem, mas a maioria não. Então vamos lá:

Um dia meu primeiro marido chega para mim, assim sem dar muitos sinais que pudesse perceber, ou não quis perceber, sei lá, e diz que vai me deixar porque está apaixonado por outra mulher.

Sabe quando parece que tiram o chão que você tá pisando, sua cabeça esquenta e tonteia, o estômago trava e sua coluna gela? Exatamente isso que senti. Um choque total. A partir dali entrei num processo de perda absoluta do amor próprio. 

Totalmente inconformada, quis conhecer a mulher que tinha "tirado" ele de mim. Um dia, lá estava ela na minha frente, mais jovem, mais bonita, mais certinha, mais isso, mais aquilo e eu me sentia a bruxa do pântano. Minha autoestima foi a zero. Tudo que tinha sonhado viver com aquele homem em questão de dias tinha ido pelo ralo.

Comecei a rastejar atrás dele. Me fiz de ex super compreensível e comecei a frequentar os mesmos lugares que ele ia com a tal mulher. Chegava a sentar na mesma mesa e ficava ali com cara de "cachorro-vira-lata-esperando-uma-sobra", na esperança tola de que num momento de lucidez ele largasse aquela mulher e voltasse pra mim. Mas obviamente isso nunca acontecia, o que rolava mesmo eram abraços e trocas de olhares carinhosos entre os dois. E eu ali interpretando um personagem do tipo "sou super desencanada, tá tudo bem".

Um dia, num desses encontro em bares em que ficava assistindo o romance dos dois, num processo de total perda da minha dignidade, ela se despediu dele e foi acompanhar um grupo de teatro do qual fazia parte. Aproveitei o momento para tentar mais uma vez uma reconciliação. 

Pedi que ele me levasse em casa. Era muito tarde e a gente conversava num ponto de ônibus, quando me disse que estava feliz com ela e que não voltaria para mim, que eu esquecesse isso. Ira total!! Peguei um guarda-chuva que estava em minha mão e comecei a bater em todos os cantos, nas árvores perto do ponto, na pilastra. As poucas pessoas que estavam em volta atravessaram a rua para o outro lado e ficaram olhando aquela cena. Eu gritava que não poderia viver sem ele e apenas com o cabo do guarda-chuva absolutamente esmigalhado, ajoelhei aos seus pés e implorei para que voltasse. Ele começou a chorar e dizer para que parasse com aquela cena. Me atirei ao chão, chorava e ele tentando me reerguer. Nisso para um ônibus, todos ficam assistindo a cena e aí gitei ainda mais que o queria de volta. Algo que quando lembro hoje em dia, me dá uma certa vergonha... só não completa vergonha porque acho que tudo que vivemos é válido...

Bem... num determinado momento conseguiu me acalmar, me levou até a porta do do meu prédio e foi quando me disse que eu estava com uma fixação doentia. Aquilo me feriu fundo. Não sei se porque tinha um tanto de razão, ou porque não estava dando importância a tudo que vivemos juntos, ou porque tinha me esquecido tão rápido, ou tudo junto. Só sei que dali em diante resolvi fazer o caminho de volta. E foi duro. Muita depressão, muita luta até dar a volta por cima, refazer minha vida e esquecer aquele homem...

Dois anos mais tarde ele me procura pedindo para voltar. Olhei pra ele e talvez por lembrar tudo que sofri, ou talvez porque realmente o tivesse esquecido e não queria mais viver um relacionamento com ele, disse não, calmamente e com uma certeza absoluta de que era o que queria. Ele desapareceu e nunca mais ouvi falar.

Vivi 3 anos com esse homem, que me deixou muito boas recordações. Hoje não guardo mágoas dele, só consigo lembrar dos momentos bons que vivemos, do quanto me ajudou a sair de situações em que me sentia estagnada. Foi um homem que deixou marcas positivas na minha vida. Não posso ignorar tudo isso. Sinceramente não guardei mágoas e raivas. Mas lembro da minha separação como uma fase muito difícil na minha vida e desse dia no ponto do ônibus como uma loucura de amor...

Conte para mim! Qual a loucura de amor que você fez que te marcou, que ficou na sua lembrança?


Por: Garoto Uzumaki

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