terça-feira, 17 de julho de 2012

lição de vida e de natureza


Há milênios as cavernas encantam o homem. No início dos tempos as cavernas eram usadas como abrigo, nelas foram deixadas restos de fogueiras, de alimentos, ossos e pinturas que nos permitem conhecer a vida e os hábitos dos nossos ancestrais.
Sejam em pinturas rupestres, animais exóticos, depósitos minerais ou acidentes geológicos, os ambientes cavernícolas preservaram momentos de nossa história, neles criou-se um novo mundo a ser descoberto.

Frágeis e fascinantes, as cavernas atraem pessoas pelos mais diversos motivos, sejam eles científicos ou religiosos, por curiosidade ou aventura, as cavernas propiciam o mais intenso contato com a natureza. Mais do que caminhar sobre o chão estamos dentro da terra, envolvidos por rochas, cercados de escuridão e silêncio.
Nelas o tempo parece congelado. Suas formas intrigantes e belas, iluminadas por nossas luzes fazem nossa imaginação pequena. Vendo pequenas gotas caírem do teto ou escorrerem pelas paredes, podemos imaginar como tudo começou há milhares de anos.
As vezes a calma e o silêncio dão lugar a galerias barulhentas, com seus rios e corredeiras a castigar a rocha, cachoeiras, abismos, desmoronamentos, tudo é singular nas cavernas.
Podem ser grandes entradas ou pequenas fendas na montanha, as cavernas atraem pela beleza, aventura e principalmente pelo desconhecido. Não sabemos o que vamos encontrar, estamos caminhando sem pegadas à frente, o teto se abaixa, o rio se estreita, logo abre-se um grande salão, mais um abismo, uma pequena passagem entre blocos, ninguém sabe aonde vai chegar.
Com as luzes apagadas, deitados sobre uma pedra a escutar as gotas caírem sobre o chão, nos entregamos às mais sinceras emoções. O rio que antes corria longe parece agora percorrer nossas entranhas e sair encachoeirado por nossas lágrimas, seguindo seu curso por entre as pedras que nos abraçam e se fundem a nós.
As coisas são simples, todos são iguais e compartilham do mesmo ambiente e emoções, nas cavernas podemos por uns instantes saber o que significa viver intensamente e principalmente reconhecer o sentido da palavra liberdade.
Com uma forma física razoável, curiosidade, um capacete e uma lanterna pode-se começar a descobrir os mistérios do mundo subterrâneo, e quem sabe ser contaminado pelo vírus espeleológico, do qual ninguém se recupera.
Mais do que técnica, vale a coragem, a tenacidade e a curiosidade para ultrapassar os obstáculos encontrados, mais do que vencer é preciso respeitar e conhecer os segredos das cavernas e os próprios limites.


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cavernas/cavernas-5.php#ixzz1vNlZBtOD
 


Por: M a r q u i n h o s

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